Associação procurou polícia após receber várias notificações questionando vários atestados
O gerente geral do Pró Saúde, Carlos Grasseli, explica que foi a associação quem informou a Polícia Civil pelo uso de atestados médicos em nome de uma médica que não faz parte da equipe. Grasseli conta que no início do ano o Pró Saúde começou a receber questionamentos de empresas sobre muitos atestados de uma mesma profissional. “Quando recebi uma notificação extrajudicial de uma empresa solicitando informações, verificamos que havia o carimbo de uma médica que não fazia parte da nossa equipe. Foi aí que começamos a achar estranho”, explica. O homem preso na última quarta-feira, 29, utilizava o carimbo da médica Paula Martinez, que trabalhava em Santa Maria, cidade onde o indivíduo atuou como socorrista do Samu.
Conforme o Pró Saúde foi recebendo novas notificações sobre atestados em nome da médica, foi acionada a polícia, explica Grasseli. “Quando chegou mais um questionamento sobre a mesma situação, de uma outra pessoa com o mesmo carimbo da médica, levamos ao conhecimento da Polícia Civil, prestamos um boletim de ocorrência. Nossa preocupação era como esse material estava saindo do Pró-Saúde”, afirma.
A superintendente do Hospital São Carlos, Janete Toigo, explica que a casa de saúde não usa talões de receituários médicos físicos há dois anos, pois todo o sistema é informatizado. Ela comenta que o homem deve ter tirado do hospital de alguma forma. “Ficamos surpresos porque é tudo tão controlado, inclusive as receitas azuis são todas controladas, numeradas, porque são medicações controladas, mas também não sei se saiu do hospital os receituários azuis, só sei dos brancos, os comuns”, acrescenta.