Investigação não tem prazo para ser concluída
A Polícia Civil começou a ouvir na última segunda-feira, 6, os depoimentos sobre a morte de José Dougokenski, ex-companheiro de Alexandra Dougokenski. Ele foi encontrado morto em 2007, dentro de casa, no interior de Farroupilha. Três pessoas, vizinhos e proprietários da chácara onde José trabalhava já foram ouvidos. No total, 15 pessoas prestarão depoimento, incluindo familiares e a própria Alexandra. O advogado que representa sua defesa, Jean Severo, afirma que a cliente não tem qualquer envolvimento no caso e ressalta que o trabalho feito pelo Instituto-Geral de Perícias, constatou suicídio. Em janeiro deste ano, Alexandra foi condenada pelo assassinato do filho Rafael Winques, de 11 anos. Ela deverá cumprir mais de 30 anos de prisão em regime inicial fechado.
A morte do ex-companheiro de Alexandra foi inicialmente concluída como suicídio. No entanto, a investigação foi reaberta em dezembro do ano passado, após um pedido da família de José, que suspeitou de semelhanças entre a morte dele e do filho mais novo de Alexandra, Rafael. Além da tomada de depoimentos, o juiz Enzo Carlo de Gesu determinou que a polícia fosse até a casa em Linha Julieta, para verificar a possibilidade de viabilizar o imóvel na reconstituição do crime. O magistrado também solicitou o registro de ligações à Brigada Militar (BM) no dia 5 de fevereiro de 2007, quando José morreu.
Em ato contínuo, a polícia visitou o local e já solicitou o arquivo. A partir de agora, ocorre o levantamento fotográfico para avaliar se será feita a reprodução simulada dos fatos. Na época, Alexandra e José moravam com o filho Anderson de três anos, na área rural da cidade. Ele era agricultor e trabalhava como caseiro na chácara. A investigação não tem prazo para ser concluída.