Em março de 2022, júri foi abandonado após defesa de Alexandra Dougokenski abandonar o plenário
A ré Alexandra Dougokenski começa a ser julgada novamente nesta segunda-feira, 16, em Planalto, acusada de matar o filho Rafael Mateus Winques, em 2020, quando o menino tinha 11 anos. Em março de 2022, a defesa da ré abandonou a sessão, causando a anulação daquele julgamento.
Alexandra, que está presa, responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
Para o Ministério Público do Rio Grande do Sul, que estará representado em plenário pelos promotores de Justiça Michele Dumke Kufner, Diogo Gomes Taborda e Marcelo Tubino Vieira, o júri deve se estender por quatro a cinco dias.
Além da ré, serão ouvidas onze testemunhas. Após as oitivas das testemunhas, o interrogatório da ré e a acareação entre Alexandra e o pai de Rafael, se iniciarão os debates. Ministério Público e defesa terão 1h30 cada para se manifestarem. Réplica e tréplica, se houver, serão de 1 hora cada. O júri será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube.
O QUE DIZEM OS PROMOTORES
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido no dia 15 de maio de 2020, na casa em que Alexandra morava com Rafael e outro filho. Além de homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima), ela também será julgada por outros três crimes: ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. A promotora Michele acredita que o julgamento trará à sociedade e, em especial, à comunidade de Planalto, “as respostas que tanto esperam”.