Natália Guedes Conte foi a convidada do painel programa Spaço Livre
A médica endocrinologista e professora do curso de medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Natália Guedes Conte foi a convidada do programa Spaço Livre deste sábado, 20. Durante o painel ela abordou temas como a diabetes, doença que atinge mais de 12 milhões de brasileiros, a obesidade em crianças e adultos, comentou sobre a indicação para cirurgia bariátrica, a alteração na produção de hormônios, além de explicar sobre o momento certo para procurar atendimento. Natália também ressaltou os mitos e verdades sobre sua especialidade e os tratamentos conservadores e cirúrgicos para a perda auditiva.
A especialista detalhou sobre os principais diabetes que são as de tipo 1 e 2, que podem aparecer como sintomas bastante sede e vontade de urinar. Normalmente a de tipo 2 é descoberta de forma mais tardia, o que pode gerar mais complicações de saúde.
Diferenças entre diabetes tipo 1 e 2
Tipo 1: atinge de 5% a 10% das pessoas com diabetes
Geralmente o tipo 1 é diagnosticado de forma mais fácil já que os sintomas podem aparecer mais rápido como sede e fome constantes, vontade frequente em urinar, cansaço, fraqueza, perda de peso e mudança de humor. Ela costuma ser diagnosticada em crianças e adolescentes, mas pode ser diagnosticada em adultos. O tipo 1 não está associado ao excesso de peso. O paciente precisa obrigatoriamente de doses de insulina, normalmente por injeções.
Tipo 2: atinge de 90% a 95% das pessoas com diabetes
É um quadro bem diferente do que ocorre no tipo 1, que tem poucos sintomas ou até nenhum e se caracteriza geralmente por um surgimento mais lento e gradual. Geralmente é diagnosticada a partir dos 40 anos, mas tem havido um aumento de casos em crianças e jovens tanto por fatores genéticos quanto por ambientais, como alimentação inadequada e sedentarismo. O tipo 2 é associado a excesso de peso, hipertensão e altos níveis de colesterol. Estima-se, inclusive, que metade das pessoas com diabetes tipo 2 vivam suas vidas sem saber da doença quase silenciosa. O diagnóstico acaba ocorrendo, dessa forma, por meio de exames laboratoriais ou complicações que surgem. Os sinais mais comuns desta condição são sede e fome constantes, infecções frequentes, visão embaçada e formigamento dos pés e das mãos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o tipo 2 é caracterizado por dificuldades do organismo em usar a insulina que produziu ou por problemas na produção de quantidades adequadas desse hormônio para controlar a taxa de glicose no sangue. É o que se chama de resistência à insulina.
Nesse tipo, o paciente pode receber injeções de insulina ou remédios que melhoram a ação da insulina ou estimulam o pâncreas a aumentar a secreção de insulina. A depender do paciente, planejamento alimentar e atividade física são suficientes.
A definição do tratamento caberá ao profissional de saúde responsável pelo diagnóstico e monitoramento.
A especialista destacou que diversos médicos como clínicos gerais e ginecologistas já se antecipam e solicitam exames para que o paciente tenha a possibilidade de checar como está sua saúde e, consequentemente, algum indicativo de diabetes. Ela também ressaltou que as pessoas devem procurar seu médico de confiança regularmente. “Quanto antes a gente trata a diabetes, mais a gente vai evitar complicações futuras”, enfatizou.
Natália atende em Caxias do Sul na Rua Sinimbu, 2.302, sala 1102. Informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3698-9941.
Natália é formada pelo programa de Residência Médica do Hospital Nossa Senhora da Conceição, é mestranda em endocrinologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ministra na UCS as disciplinas de Endocrinologia e Nutrição, Urgências Médicas e Internato em Urgência e Emergência. Atualmente atua em consultório particular com ênfase em Endocrinologia Geral, ministra aulas na Liga Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia (LAEM) e na Liga Acadêmica de Obesidade e Cirurgia Bariátrica, ambas da Universidade de Caxias do Sul.