Medida foi tomada em função da indisponibilidade de leitos para internação de pacientes de alta complexidade
Em função da indisponibilidade de leitos livres em hospitais e da baixa rotatividade de pacientes, bem como da lotação das UPAs, com risco de prejuízo inclusive ao funcionamento do Samu, a Secretaria Municipal da Saúde de Caxias e os hospitais Pompéia e Geral acordaram nesta quarta-feira, 7, pela suspensão temporária de cirurgias eletivas (não urgentes) por 15 dias. A medida tem o objetivo de garantir a possibilidade de internação aos pacientes que demandarem atendimento hospitalar de urgência.
A situação enfrentada pela rede de saúde no momento não é reflexo exclusivamente de doenças respiratórias, mas muito mais em função da alta demanda de casos clínicos que exigem acompanhamento de alta complexidade, principalmente nas áreas de cardiologia, oncologia, vascular, neurologia e nefrologia. São situações de pacientes que precisam de internação nos hospitais Pompéia e Geral, o que inviabiliza a compra de leitos em outras instituições (referências para pequena e média complexidade). A Secretaria da Saúde esclarece ainda que a abertura de hospital de campanha não atende a necessidade atual, visto que os casos que têm impactado na rede são de alta complexidade.
Devido à alta demanda e restrição de leitos, nos últimos dias o Samu enfrentou risco de indisponibilidade de ambulâncias para atender a urgências e emergências. Isso ocorre quando um paciente é socorrido pelo Samu, levado ao hospital, mas não há leito livre, o que obriga que a ambulância permaneça com a maca retida no local até a obtenção de vaga. Por esse motivo, o Samu precisou recorrer com frequência ao acesso por “vaga zero”, que na realidade serve para garantir acesso imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso.
O cancelamento temporário das cirurgias eletivas tem o objetivo também de evitar a desassistência em casos de urgência e emergência. A prefeitura, por meio de SMS, segue o planejamento para a abertura dos 83 novos leitos do Hospital Geral, importantes para amenizar o impacto atual. O funcionamento dos novos leitos implica em ampliação do Teto MAC e em verba para custeio, demandas já apresentadas ao Estado e ao Governo Federal. A situação da rede hospitalar seguirá sendo monitorada pela SMS durante o período de suspensão das cirurgias eletivas.