Senador gaúcho usou a tribuna em discurso que levantou polêmica
Após o discurso de Hamilton Mourão (Republicanos), na tribuna do Senado, deputados federais do PSol atuam em três frentes para responsabilizar o parlamentar gaúcho por falas vistas como incitação às Forças Armadas para atos antidemocráticos em resposta à Operação Tempus Veritatis. Na última quinta-feira, Mourão disse que integrantes militares precisavam reagir ao que considera “arbítrios” e “processos ilegais” do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É grave. Tomamos iniciativa em três frentes, embasados pela Constituição. É parte da luta para não naturalizar um crime: um senador incentivando um golpe”, diz a deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna (PSol). Junto com Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Glauber Braga (PSol-RJ), a parlamentar entrou com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
No documento, os deputados defendem que há “teor nitidamente incitatório e provocador às Forças Armadas e à Justiça Militar, numa promoção explícita de sugestão de um golpe de estado e interferência ilegal das Forças Armadas em decisões judiciais e atos propagados em cumprimento de tais decisões”, pedindo, assim, a apuração e devidas providências.
Partido atua em três frentes, na PGR, STF e Senado, após Mourão falar que militares “não poderiam se omitir”; Senador vê alegações como “descabidas” e “parte do jogo político”.