Empresa pretende investir R$ 6 bilhões na estrutura a ser construída no Litoral Norte
A construção de um porto privado na orla de Arroio do Sal, autorizada pelo governo federal, deve se consolidar como o maior empreendimento no Rio Grande do Sul desde a criação do Polo Petroquímico de Triunfo. Com um investimento estimado em R$ 1,3 bilhão, a obra promete gerar dois mil empregos diretos e outros cinco mil indiretos, de modo a fortalecer, de forma significativa, a economia da região.
O projeto avançou oficialmente na última sexta-feira, 18, com a assinatura do contrato durante cerimônia na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. A ocasião contou com a presença dos ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), além do secretário nacional de Portos, Alex Ávila. O vice-governador Gabriel Souza, assim como outras lideranças políticas e empresariais, também participaram do evento.
Para o presidente da Fiergs, Claudio Bier, o empreendimento representa um marco fundamental na recuperação econômica do estado. “O Porto de Arroio do Sal é um símbolo do futuro que desejamos, abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, destacou Bier. Ele também ressaltou a competitividade desigual em relação a Santa Catarina, que possui cinco portos marítimos, e como isso afeta diretamente a economia gaúcha.
Segundo Bier, a falta de infraestrutura portuária mais diversificada no estado impõe custos elevados que superam o valor dos investimentos necessários para concretizar projetos como o de Arroio do Sal. Ele reafirmou a importância do novo porto para melhorar a logística e fortalecer as exportações gaúchas, que são fortemente dependentes do modal marítimo.
No ano passado, a indústria de transformação do Rio Grande do Sul exportou US$ 16,8 bilhões, sendo US$ 13,4 bilhões escoados via transporte marítimo, o que representa 80% do total. Em contrapartida, 16% das exportações foram feitas por rodovias e apenas 4% por via aérea, evidenciando a relevância de novas infraestruturas portuárias para o setor.