Robson Sima concedeu entrevista à Spaço FM
O diretor de secretaria da Segunda Vara Cível de Farroupilha, Robson Sima, discordou da manifestação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul (OAB/RS), Leonardo Lamachia, o qual afirmou que atualmente se vive a pior crise na história da advocacia, com o alto número de processos parados devido à pandemia da covid-19.
De acordo com o presidente, cerca de 2,5 milhões de solicitações estão sem resolução, o que impacta diretamente na vida dos advogados, pessoas e empresas que necessitam do andamento de seus processos. Em recente entrevista à Spaço FM, Lamachia pediu que o poder judiciário reveja muitas questões para a celeridade destes despachos, entre elas o retorno do atendimento presencial com horário estendido ou no mínimo normalizado.
Conforme Sima, o atraso no despacho das solicitações não se deve ao poder judiciário, e entre as questões que delimitam a tramitação dos processos, esteve a greve dos servidores em 2019, onde as horas foram compensadas, bem como a digitalização de todo o acervo físico que veio para facilitar e acelerar as demandas da comunidade.
Questionado a respeito dos quase 2,5 milhões de processos parados nas instituições, o diretor afirmou que houve a disponibilidade de vários documentos digitais terem sidos tramitados de forma eletrônica, caso houvesse uma colaboração maior por parte da OAB. Para Sima, hoje ocorre uma guerra de discursos, onde na maioria das vezes, somente um lado mostra a sua versão. “No mínimo existe uma mea culpa bem clara para ser assumida por uma das partes”, pontuou.
Na oportunidade, o diretor também comentou sobre a digitalização dos processos que irá possibilitar que os servidores trabalhem de qualquer lugar para agilizar os despachos. Outro ponto abordado pelo servidor foi as diversas demandas da categoria, que tem seus salários congelados com 56% de defasagem.
Robson também comentou em relação ao atendimento do fórum que realiza suas operações normalmente em todas as esferas exigidas e salientou que o uso de máscara se tornou facultativo e segue o decreto municipal e estadual.