Foram cumpridos mandados em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na capital
Na 13ª etapa da Operação Leite Compensado, o Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga a produção de derivados lácteos – leite UHT, composto, leite em pó, soro, entre outros, em uma fábrica da Dielat, no município de Taquara, no Vale do Paranhana, com adição de soda cáustica e outros produtos nocivos à saúde, como água oxigenada.
O MP informou a prisão do químico industrial conhecido entre os fraudadores como o ‘Alquimista’ ou o ‘Mago do Leite’. A apuração é conduzida pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e de Defesa do Consumidor. O nome da empresa foi confirmado pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), em nota distribuída na manhã desta quarta-feira, 11. Foram presos preventivamente o químico, o sócio-proprietário da indústria, em São Paulo, e dois gerentes, informou o MP. Outras duas pessoas foram presas em flagrante.
O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) emitiu uma nota repudiando com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento.
Confira a nota abaixo
Nota Operação
Publicado em11/12/2024
O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos últimos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.
O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida.
Porto Alegre, 11 de dezembro de 2024.