Há 42 pessoas na fila de espera, segundo representante do Movimento Orgulho Autista do Brasil
Flávia Wosniak, mãe de uma criança portadora do transtorno do espectro autista (TEA) e integrante do Movimento Orgulho Autista do Brasil (Moab), afirma que entrou em contato com a secretária de Educação, Luciana Zanfeliz ainda em maio para expor a necessidade de o governo municipal ampliar recursos para a Amafa, possibilitando atender usuários na fila de espera. “Estou em contato com a secretária de Educação de Farroupilha desde o dia 31 de maio. Agendei uma reunião para alertá-la sobre o crescente número de autistas na cidade e pedi para que fosse feito uma capacitação para professores e monitores da rede municipal, que até então não tinha”, comenta.
Flávia afirma que há 42 pessoas com autismo esperando por uma vaga. O movimento realizou uma manifestação silenciosa na noite de terça-feira, 13, na Câmara de Vereadores de Farroupilha, reivindicando apoio financeiro da prefeitura para a Associação de Pais e Amigos do Autista de Farroupilha (Amafa). A secretária de educação explicou que o município já tem o orçamento de 2023 definido e vai estudar no próximo ano um possível aumento de recursos.
A representante do movimento afirma que também entrou em contato com o vice-prefeito Jonas Tomazini ainda em agosto para alertar sobre a fila de espera. “Dava tempo de incluir no orçamento de 2023. No dia 24 de novembro, a Amafa recebeu o retorno negativo quanto ao aumento dessas vagas custeadas pela prefeitura. Eles [a prefeitura] alegaram não ter dinheiro suficiente”.
Atualmente, a Amafa atende apenas no período da tarde e precisaria R$ 600 mil para conseguir atender novos usuários, abrindo o turno da manhã. “Soubemos por intermédio dos vereadores que a cidade de Farroupilha arrecada R$ 1 milhão por dia só em impostos. A Amafa precisa de R$ 600 mil para atender a nova demanda. Queremos solução, e nesse caso não está difícil de conseguir”, afirma. Confira no áudio abaixo.