Corpo está sendo velado no Memorial São José. Sepultamento está marcado para as 10h desta segunda-feira, no Cemitério Público Municipal
Diversas lideranças e amigos de Ricardo Ló prestaram homenagem e relembraram a trajetória do radialista que morreu na manhã deste domingo, 12, vítima de atropelamento na Rua 13 de Maio, esquina com a Avenida Armando Antonello, no bairro São Luiz. Conforme o registro, a Brigada Militar recebeu o chamado por volta de 6h15, onde moradores da região informaram o acidente. O motorista fugiu do local.
Ló fazia o trajeto a pé de sua casa, no bairro Imigrante, rumo ao Santuário de Caravaggio, onde trabalhava na Rádio Miriam, um percurso que realizou durante décadas.
Brigada Militar e Samu atenderam a ocorrência. O corpo está sendo velado no Memorial São José. O sepultamento está marcado para as 10h desta segunda, 13, no Cemitério Público Municipal.
Biografia
Ricardo Ló nasceu na comunidade de Mundo Novo, interior de Farroupilha, e ainda criança seus pais migraram para o bairro Imigrante, próximo ao centro do município. Ele mantinha uma relação muito presente com as comunidade do interior. Era difícil imaginar que ele tivera uma vida urbana. A Cultura Italiana com o Talian fazia de Ricardo um grande divulgador e incentivador da língua falada pelos imigrantes ao longo da história da colonização italiana.
Enquanto jovem, dos 10 aos 20 anos estudou no Seminário dos Paulinos, inclusive em São Paulo, já que seu desejo era ser padre. O fascínio pelo rádio começou cedo em sua trajetória. Foi através de um religioso que mexia com rádio, que ele conheceu o mundo do qual faria parte. Como um bom leitor, cooperou para que ele ganhasse espaço naquela época. No final dos anos 60 residiu três anos em São Paulo, quando a rádio América de lá foi assumida pelos padres Paulinos, ao qual ficou responsável pelas apresentações das festas e eventos.
De volta a Farroupilha, começou a dar aulas de Ensino Religioso e música até que passou em um concurso para locutor, em 1974, e não saiu mais do rádio. Ricardo foi por muito anos repórter esportivo, cobrindo os times de futebol profissional da região, bem como do futebol amador no interior de Farroupilha.
Ricardo nunca se casou, mas sempre esteve presente na vida da família com quem morava. Dedicou a vida toda ao rádio, as amizades, valorização da cultura italiana, esporte, comunidades, religiosidade, respeito pelas pessoas e a culinária típica da Serra Gaúcha. Gostava muito de viajar com grupos italianos pelas regiões do Brasil, onde haviam manifestações do gênero.
O radialista também foi patrão de CTG, onde recebeu o apelido de “Xirú” de um tradicionalista de Quaraí, que declamava poesia na rádio. Em primeiro de julho ele completaria 48 anos de profissão. Até o final de maio de 2022, Ló foi presidente do Círculo Cultural Ítalo-Brasileiro de Farroupilha.
Confira algumas manifestações