Prejuízos consolidados já superam R$ 20 bilhões nos setores da agricultura, pecuária, comércio e serviços
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno, comentou em recente entrevista à Rádio Spaço FM, sobre o atual momento da economia, devido ao avanço da estiagem que assola o Rio Grande do Sul.
Conforme Salerno, o estado vive um momento diferente neste ano por conta dos volumes de chuva, que são mal distribuídos nas regiões. “Estamos enfrentando uma das piores secas da história. Aqui em Restinga Sêca, por exemplo, nós praticamente não tivemos pancadas. Estamos com sete caminhões-pipa trazendo água para cidade. A Corsan realizou um investimento de R$ 4,5 milhões para construção de uma adutora no Rio Jacuí”, salientou.
De acordo com o político, a estiagem deverá se manter pelo menos até o final de abril, para depois haver um período com maior volume de chuvas, tempo que afeta de forma significativa a economia do RS. “As perdas consolidadas já superam R$ 20 bilhões nos setores da agricultura, pecuária, comércio e serviços. Cada R$ 1 que deixa de ser colhido na agricultura, gera R$ 3 que poderiam ser utilizados na circulação de recursos. Com isso, estimamos que os prejuízos fiquem em R$ 56 bilhões, podendo inclusive ultrapassar esse valor”, pontuou.
Segundo Paulinho, o auxílio dos governos estadual e federal se torna necessário para minimizar esses impactos. “É de extrema importância que sejam executadas as ações dos programas para o combate à estiagem e custeio de despesas, além de linhas de créditos subsidiadas para o desenvolvimento do agronegócio”, afirmou.