Debate sobre o tema será realizado nesta quarta-feira em Bento Gonçalves
O presidente e vice-presidente do Centro de Indústria, Comércio e Serviços (Cics) da Serra Gaúcha, Elton Gialdi e Vinicius Pessin, acompanhados do deputado estadual Tiago Simon (MDB), participaram do programa Fim de Expediente desta segunda-feira, 7, e comentaram sobre o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado, que tem impacto direto na infraestrutura, mobilidade e economia do Rio Grande do Sul.
Conforme os entrevistados, a soma das taxas de pedágio em trechos da ERS-122 pode chegar a R$ 36. A fim de discutir e encontrar soluções para o tema, uma série de entidades realizam nesta quarta-feira, 9, às 13h30, no Centro de Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC) o Seminário “Diálogo pelas Concessões”.
A realização é da Cics Serra, Federasul, Fetransul, Assembleia Legislativa, Amesne e Parlamento Regional e tem como objetivo fazer uma análise profunda dos impactos do programa de concessões do governo gaúcho para os usuários com foco específico no Bloco 3, que envolve a Serra Gaúcha e o Vale do Caí. Este bloco que já teve seu edital lançado no início de janeiro, prevê seis praças de pedágios e cobrança nos próximos 30 anos.
Segundo o deputado estadual Tiago Simon (MDB), que é um dos coordenadores do evento, o debate será de extrema importância para a sociedade. “Pior do que não fazer as concessões é fazer um programa mal feito. E está evidente claro que teremos pedágios com preços muito altos, que vão comprometer o desenvolvimento das regiões afetadas e também sobrecarregar ainda mais o cidadão que já não suporta mais uma carga altíssima de taxas e impostos”, afirmou.
Já o presidente da Cics Serra, Elton Gialdi, comentou a respeito do déficit nas estradas do estado e defendeu que as concessões são necessárias para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Nossa região precisa muito de investimentos em infraestrutura, temos um déficit histórico, por isso entendemos que as concessões são necessárias e vão viabilizar as obras que tanto reivindicamos. Porém, o modelo que foi definido para o Bloco 3 tem muitos pontos que ainda geram dúvida e apreensão, além dos preços estipulados para as praças de pedágios que estão muito altos”, concluiu.
Assista a entrevista completa no vídeo abaixo