Dois dos quatro suspeitos já foram identificados
Cinco pessoas foram assassinadas, no início da noite desta quarta-feira, 10, em Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Outras duas pessoas ficaram feridas no ataque, que aconteceu no bairro Parque dos Pinos. A chacina foi a segunda registrada no município em menos de 10 anos. A Polícia Civil ainda investiga o caso, mas não descarta similaridades com o ataque a tiros que matou seis jovens no dia 12 de abril de 2015.
Na época, as vítimas foram executadas com aproximadamente 40 tiros, no interior de uma pousada no bairro Nazaré. Os mortos tinham entre 15 e 27 anos, sendo que três eram menores de idade. O caso chegou a ficar conhecido nacionalmente como “Chacina de Cidreira”. Mais de três anos depois, em dezembro de 2018, uma mulher e um homem foram a júri como mandante e atirador, respectivamente.
A dupla foi condenada a 146 anos e 8 meses de prisão. Um terceiro suspeito morreu antes do julgamento e outros envolvidos não chegaram a ser identificados. De acordo com o Ministério Público (MP), na época dos fatos, os denunciados ocupavam posição de destaque na hierarquia de uma facção com origem no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre. Segundo a denúncia, o crime de 2015 foi motivado por disputas relacionadas ao tráfico de drogas. A ré seria uma das fundadoras da quadrilha.
Ela teria ordenado o ataque para estabelecer a hegemonia do grupo em Cidreira. A chacina registrada ontem ocorreu após nove anos da anterior. Conforme a investigação preliminar, o mais recente atentado também pode ter relação com o tráfico de drogas, mas dessa vez há vítimas sem antecedentes. Conforme a Polícia Civil, dois dos quatro homens suspeitos de terem realizado a chacina já foram identificados.
Vítimas e sobreviventes
A Brigada Militar (BM) informou que três vítimas foram baleadas e duas morreram carbonizadas. Elas foram identificadas como Édison Espíndola, 61 anos; Giam Brisola, de 19; Luiz Alberto Xavier, de 68; Luiz Cláudio Canabarro dos Santos, de 44; e Florindo Pedroso, de 66. Outras duas pessoas ficaram feridas. Uma delas recebeu atendimento médico em um hospital e já teve alta. A outra passou por cirurgia e está em observação, sem risco de morrer.