Relatora acolheu argumentos que apontam problemas na estimativa do valor de venda da companhia
Após quatro horas de sessão, um pedido de vista suspendeu o julgamento do processo que trata da privatização da Corsan na Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A análise do caso foi interrompida nesta terça-feira, 18, a pedido do conselheiro Renato Azeredo, um dos três integrantes da câmara.
A conselheira relatora, Ana Cristina Moraes, e o presidente da primeira câmara, Estilac Xavier, votaram pela anulação do leilão, realizado em dezembro de 2022. Mesmo com maioria formada, o pedido de vista deixa o julgamento pendente de conclusão. Azeredo terá até cinco sessões para devolver o processo.
Ana Cristina acolheu argumentos do Ministério Público de Contas e dos sindicatos contrários à privatização que apontam problemas na estimativa do valor de venda da Corsan. A empresa foi arrematada pelo consórcio Aegea no final do ano passado por R$ 4,15 bilhões, valor próximo ao preço mínimo estipulado em edital.
No momento, segue em vigor a decisão do presidente do TCE, conselheiro Alexandre Postal, que autorizou, no dia 7 de julho, a assinatura do contrato de venda, último passo necessário para a conclusão da privatização.