Integrante do Movimento Orgulho Autista Brasil, Murilo Azevedo cobra alternativas por parte da administração municipal
O integrante do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Murilo Azevedo, comentou em recente entrevista à Rádio Spaço FM sobre a demora na ampliação de vagas e abertura de turno para atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista em Farroupilha.
De acordo com Azevedo, após um protesto realizado de forma silenciosa na Câmara de Vereadores, em dezembro do ano passado, o movimento teve uma resposta momentânea por parte da administração municipal, a qual afirmou que o caso seria analisado com mais prioridade.
Segundo ele, os pais precisam de uma decisão concreta e estão cansados de promessas. “A gente não pode mais esperar, pois cada dia que passa é um dia a menos de tratamento e isso impacta diretamente na vida deles, cada minuto conta”, salientou. Murilo que é professor e pai de um menino autista, faz um apelo para que o poder público municipal encontre alternativas com o objetivo de resolver este impasse.
Atualmente a Associação de Pais e Amigos do Autista de Farroupilha (Amafa) atende cerca de 60 pessoas entre quatro e 59 anos, e há uma fila de espera de mais de 40 pessoas aguardando vaga na instituição. Conforme a diretora da Amafa, Aline da Rosa, para que essas pessoas que hoje estão na fila sejam atendidas, é necessária a abertura de mais um turno, sendo pela manhã, já que hoje o atendimento se dá somente no turno da tarde.
Aline também explica que os custos para a efetivação do turno da manhã giram em torno de R$ 600 mil ao ano, e é um valor muito alto para ser custeado pela entidade. Desta forma, a associação e o movimento buscam junto ao Executivo uma forma de obter esses recursos e possibilitar a abertura de mais um turno de ensino na instituição.