Ministro do STF derrubou anulação do júri e determinou retorno à prisão dos condenados
Os quatro réus condenados pelo incêndio da Boate Kiss foram presos novamente após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubar na última segunda-feira, 2, a decisão que havia anulado o júri.
Ainda na segunda, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) confirmou a prisão de três condenados: Elissandro Callegaro Spohr, em Porto Alegre; Luciano Augusto Bonilha Leão, em Santa Maria; e Marcelo de Jesus dos Santos, em São Vicente do Sul.
Já na manhã desta terça-feira, 3, Mauro Londero Hoffmann, que teve um habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, se apresentou ao sistema prisional.
Decisão de Toffoli
A decisão de Toffoli atendeu aos pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que recorreram contra as decisões anteriores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do TJRS, respectivamente.
O júri, realizado em dezembro de 2021, foi o mais longo da história do Rio Grande do Sul. No entanto, em agosto de 2022, o TJRS anulou o julgamento, alegando irregularidades, como uma suposta mudança da acusação na réplica, o que não é permitido.
Sentenças
Elissandro Spohr, sócio da boate, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual.
Mauro Hoffmann, sócio da boate, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão por homicídio simples com dolo eventual.
Marcelo de Jesus, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual.
Luciano Bonilha, auxiliar do grupo musical, foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual.