Alta acontece em meio ao contexto social tenso antes das eleições presidenciais em outubro
O Banco Central da Argentina elevou a taxa de juros da política monetária de 91% para 97% nesta segunda-feira, 15, com o objetivo de combater a inflação anual de mais de 108%, em um contexto social e econômico tenso antes das eleições presidenciais de outubro. O objetivo da medida é agir de forma imediata para evitar que a volatilidade financeira aja como um motor das expectativas de inflação.
A decisão implica uma alta de 600 pontos-base na taxa de referência e é o primeiro passo de uma bateria que será anunciada pelo governo, com incentivos ao consumo e à importação de alimentos para conter o aumento dos preços ao consumidor, que chegaram a 8,4% mensais em abril. Houve também uma redução de 2 pontos percentuais na taxa para financiamento de saldos em haver de cartões de crédito para pessoas físicas, a partir de junho, de 88% a 86% da taxa nominal anual (TNA).
Desta forma, as taxas de Linhas de Financiamento para o investimento produtivo de pequenas e médias empresas mantêm a condição de linhas subsidiadas. A mais recente elevação nos juros da Argentina ocorre um dia após o governo local anunciar medidas econômicas para tentar conter o aumento de preços.