Mulher com quem o jovem tinha um relacionamento extraconjugal, o marido, o pai e o cunhado dela estão presos desde agosto de 2023
A Justiça decidiu nesta sexta-feira, 12, que os quatro acusados de matar o caminhoneiro Luciano Boeira Melos, 27 anos, vão a júri popular. Os denunciados pelo Ministério Público são a mulher com quem ele tinha um relacionamento extraconjugal, o marido, o pai e o cunhado dela: Fabiana Ramos Saraiva, 25 anos, Felipe Silveira Noronha, 29, José Balduíno Saraiva, 62, e Flávio Silveira Noronha, 33, respectivamente. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Conforme o MP, o crime aconteceu em 26 de julho de 2023. O corpo de Luciano ainda não foi encontrado.
A denúncia do Ministério Público é do dia 9 de outubro do ano passado. Todos os investigados estão presos desde o dia 17 de agosto de 2023 no Presídio Estadual de Vacaria. Conforme a denúncia do promotor de Justiça Raynner Sales, o caminhoneiro foi assassinado porque o marido descobriu a traição da mulher com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal.
“O MPRS já aguardava a decisão de pronúncia em que os réus foram submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, uma vez que as provas produzidas durante a instrução demonstraram – de maneira efetiva – a participação dos acusados na prática dos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A elucidação desses fatos somente foi possível diante da excelência do trabalho investigativo desenvolvido pela Polícia Civil de Bom Jesus”, ressaltou o promotor Raynner Sales.
Em relação ao homicídio duplamente qualificado, a denúncia enviada à Justiça descreve que os suspeitos atraíram a vítima para uma estrada rural, oportunidade em que a mataram e ocultaram o seu corpo em local desconhecido. Além da ocultação de cadáver, a denúncia do MPRS aponta a prática do crime de fraude processual, uma vez que os suspeitos teriam apagado mensagens trocadas via aplicativo de celular, tentaram criar álibi e descartaram a motocicleta da vítima em um rio a 30 quilômetros de distância do local do crime, tudo com o intuito de ludibriar as investigações.