Decisão foi divulgada nesta terça-feira
O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota nesta terça-feira, 20, em que afirma que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário chegaram a um consenso de que as emendas parlamentares serão mantidas, mas deverão “respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção”. O documento foi divulgado após reunião entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e representantes do governo sobre o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro.
Conforme o STF, na reunião, ficou acordado que as chamadas “emendas Pix” serão mantidas, com o critério da impositividade (dever de execução obrigatória), mas será necessária a identificação prévia do objetivo da destinação do recurso, com prioridade para obras inacabadas e com prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU). Em relação às emendas individuais, estas também serão mantidas com o critério da impositividade, seguindo regras que serão estabelecidas em até dez dias, em acordo entre Executivo e Legislativo.
Sobre as emendas de bancada, ficou acertado que estas serão destinadas a projetos “estruturantes” em cada estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição das bancadas, sendo proibido que um parlamentar, individualmente, decida sobre o destino dos recursos. Já as emendas de comissões temáticas do Senado e da Câmara deverão ser destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, conforme procedimentos que também serão definidos por Legislativo e Executivo em até 10 dias.
Ainda segundo o Supremo, ficou acertado que o Congresso e o Palácio do Planalto vão definir que o valor das emendas parlamentares não poderá ser superior ao aumento total das despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias. Na semana passada, o plenário do STF confirmou, por unanimidade, uma decisão individual do ministro Flávio Dino, que suspendeu a execução das emendas impositivas e impôs restrições para as chamadas “emendas Pix”. Neste tipo de emenda, a transferência é feita diretamente para estados e municípios sem a necessidade da apresentação de projeto.