Abrasel afirma que horário de verão gera impacto no faturamento
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou ter encaminhado nesta sexta-feira, 22, uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo o retorno do horário de verão, que está suspenso por decreto desde 2019.
De acordo com a entidade, o horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta estimada de 10% a 15%. “No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, acrescentou a Abrasel.
A Associação argumenta também que a medida “movimentará a economia, principalmente no comércio e no turismo, uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde”.
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas. Entretanto, só passou a ser adotado com constância a partir de 1985. A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, haveria economia de energia e redução do risco de apagões.
Todavia, nesta semana, a área técnica do Ministério de Minas e Energia avaliou não ser necessário retomar em 2023 o horário de verão, que foi suspenso em 2019. A decisão final sobre uma eventual retomada, no entanto, não cabe à pasta. A avaliação é que a situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia. Além disso, entendem que o comportamento de consumo mudou ao longo do tempo, tornando a medida menos eficaz.
Segundo dados do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem chegar ao fim deste mês acima de 70% no Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.