Ex-promotor da Operação Lava-Jato também avalia atuação do STF
O ex-deputado federal e ex-promotor da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, do partido Novo, avaliou em recente entrevista à Rádio Spaço FM o abuso de autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF) e as irregularidades cometidas pelo órgão durante o processo em que ele coordenou. “O que descobrimos foi arquivado, a ponto do ministro Dias Toffoli anular seu próprio caso. Investigamos mais de 100 funcionários públicos com possíveis irregularidades. O STF barrou, mas, na prática, eles não teriam poder para fazer isso”, frisou.
Questionado sobre a possível cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (Partido Liberal), Dallagnol respondeu que o momento é de reação. “Quero que os votos do povo sejam respeitados, minha cassação foi feita por um ministro delatado. É surpreendente, Bolsonaro não deveria ter sido processado. Minha avaliação é de que o Supremo não julga em primeira instância, eles violam o Estado de direito. Na minha concepção, nem ele ou o Moro devem sofrer alguma sentença”, avaliou.