Após confirmar que sogro da mulher morreu por ingerir arsênio, polícia investiga possibilidade de uma quinta vítima
A Polícia Civil de Torres considera fortemente que a mulher suspeita de colocar arsênio na farinha utilizada para fazer um bolo de Natal possa ter envenenado mais pessoas. A delegada Sabrina Deffente afirmou que existem “fortes indícios” de homicídios em série e que a investigada pode ter tentado ocultar provas de seus crimes por um longo tempo.
A polícia está investigando outros casos, envolvendo pessoas próximas à família. Além das três mulheres que morreram por conta do bolo servido às vésperas do Natal, a perícia confirmou que o sogro da suspeita, Paulo Luiz dos Anjos, também morreu após ingerir arsênio.
Agora, a polícia investiga se uma quinta pessoa também morreu por envenenamento. O possível novo caso está sendo analisado, e a exumação do corpo pode ser realizada, caso não tenha sido cremado, para confirmar a presença de arsênio. Não foi informado quem é essa pessoa e a ligação com a investigada.
A morte do sogro da mulher, em setembro, foi confirmada como envenenamento por arsênio após uma perícia no corpo, que apontou a substância no organismo. Ele faleceu de uma infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó levados pela suspeita, o que, na investigação, apontou para o envenenamento.
Além disso, a polícia descobriu que a investigada comprou arsênio quatro vezes entre setembro e dezembro. Uma dessas compras foi feita antes da morte de seu sogro, e as outras três ocorreram antes das mortes das três mulheres. As substâncias foram compradas pela internet e enviadas pelos Correios.
A defesa da mulher, que está presa temporariamente, argumenta que as declarações da polícia ainda não foram formalmente apresentadas no processo e aguarda a totalidade dos documentos e provas para se manifestar.