A partir de agora, investigação passa a ser analisada pelo Ministério Público
Um homem suspeito de aplicar o golpe do namoro em Farroupilha foi novamente indiciado por estelionato nesta terça-feira, 10. A medida se deu após a conclusão do inquérito em Farroupilha, no mês de janeiro, onde ele agora também foi responsabilizado pela Polícia Civil de Caxias do Sul.
Entenda o caso
Conforme a delegada Thais Norah Sartori Postiglione Peteffi, o homem dizia ser tenente da marinha e nutricionista de hospitais de Caxias do Sul e Porto Alegre. Na oportunidade, o suspeito pedia dinheiro para mulheres com quem mantinha relacionamentos. “A gente comprovou que ele nunca foi médico e nem trabalhou no hospital onde dizia ter trabalhado. Juntamos todos os comprovantes de depósitos que a vítima fez para ele. O homem mentia dizendo que precisava de ajuda financeira para pagar tratamento neurológico”, afirmou.
Segundo o boletim de ocorrência registrado por uma das vítimas, o relacionamento com o investigado começou em uma academia em Caxias do Sul. A mulher relatou a polícia que teria se afastado da própria família por pressão do suspeito, sendo induzida ao erro pelas histórias que ele contava. Ainda de acordo com a investigação, a pessoa que registrou o fato alegou ter perdido aproximadamente R$ 80 mil.
Uma segunda mulher, que não denunciou o caso à polícia, também relatou que foi lesada em cerca de R$ 30 mil, além de ter bancado financeiramente o homem durante o relacionamento que durou oito meses, no ano de 2017. Os casos têm um ponto em comum; começaram através de aplicativos de namoro e redes sociais.
Conforme a polícia, outras pessoas que se dizem vítimas do investigado são proprietários de uma academia que ele frequentava gratuitamente. O acusado se inscreveu para treinar no local, alegando estar passando por uma seleção como atleta da Marinha. Durante os treinos, os donos acabaram criando uma relação próxima com ele.
No entanto, a desconfiança começou quando a suposta seleção havia sido cancelada e as competições eram sempre adiadas. “Quando descobrimos, eu falei com ele por mensagem: Você tem noção do estrago emocional e financeiro que fez na nossa vida?”, relatou a dona do empreendimento.
A partir de agora, a investigação passa a ser analisada pelo Ministério Público (MP), que pode acusar o suspeito pelo crime de estelionato ou solicitar o arquivamento do caso.