Casos foram confirmados pela Secretaria da Saúde
A doença denominada ‘mão-pé-boca’ já registra surto nas cidades de Farroupilha e Caxias do Sul. Embora haja a possibilidade de acometimento em adultos, é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade, mais frequente dos seis meses a cinco anos. Caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés. Conforme a diretora de departamento da Secretaria a Saúde de Farroupilha, Silvana Lima, e a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Paulina Guisso, os casos estavam sendo monitorados e na última semana se intensificaram em quatro escolas de educação infantil no município, o que caracteriza um surto. Paulina alerta que o vírus é transmissível, e caso uma criança seja infectada, os pais devem imediatamente levar ao médico. Os nomes das instituições não foram informados pela prefeitura.
Principais sintomas
Geralmente aparecem depois de três a sete dias após a infecção pelo vírus e incluem:
Febre acima dos 38ºC;
Dor de garganta;
Muita salivação;
Vômito;
Mal-estar;
Diarreia;
Falta de apetite;
Dor de cabeça.
Além disso, após cerca de dois a três dias é comum o surgimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés, assim como aftas na boca, que ajudam no diagnóstico da doença.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da síndrome mão-pé-boca é feito pelo pediatra ou clínico geral por meio da avaliação dos sintomas e das manchas.
Por causa de alguns sintomas, essa síndrome pode ser confundida com algumas doenças como a herpangina, que é uma doença viral em que o bebê apresenta feridas na boca semelhante às feridas do herpes, ou a escarlatina, em que a criança apresenta manchas vermelhas espalhadas pela pele. Por isso, o médico pode solicitar a realização de exames laboratoriais complementares para fechar o diagnóstico.
Como acontece a transmissão
A transmissão da síndrome mão-pé-boca normalmente ocorre através da tosse, espirros, saliva e do contato direto com as bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas, principalmente durante os primeiros sete dias da doença, porém mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes durante cerca de quatro semanas.
Assim, para evitar pegar a doença ou evitar transmiti-la para outras crianças é importante:
Não ficar perto de outras crianças doentes;
Não partilhar talheres ou objetos que tenham entrado em contato com a boca de crianças com suspeita da síndrome;
Lavar as mãos após tossir, espirrar ou sempre que se precisar tocar no rosto.
Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar os alimentos antes do consumo, trocar a fralda do bebê com luva e depois lavar as mãos e lavar bem as mãos após usar o banheiro. Veja quando e como lavar as mãos corretamente.
Como é feito o tratamento
O tratamento da síndrome mão-pé-boca deve ser orientado pelo pediatra ou clínico geral e pode ser feito com remédios para a febre como o Paracetamol, anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, remédios para a coceira, como anti-histamínicos, gel para as aftas, ou lidocaína, por exemplo.
O tratamento dura cerca de sete dias e é importante que a criança não vá à escola ou à creche durante este período para não contaminar outras crianças.