Objetivo é endurecer legislação e ampliar a fiscalização
As novas denúncias sobre adição de soda cáustica e água oxigenada no leite, reacendeu a velha dúvida sobre a inocuidade do produto.
Desde 2013, quando a ‘Operação Leite Compensado’ foi deflagrada para investigar a adulteração do leite no Rio Grande do Sul, não havia registros de denúncias graves. Agora um novo capítulo é escrito. “O leite é um alimento seguro?”. Especialista no setor afirmam que sim, apesar de o produto ser altamente vulnerável às fraudes. O setor leiteiro quer deixar para trás o fantasma da adulteração e destacar a qualidade do alimento.
A médica veterinária, pesquisadora e professora das disciplinas de Inspeção e Tecnologia de Leite e Derivados da faculdade da medicina veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Andrea Troller Pinto, afirma que o leite é seguro, porque desde a ordenha até o envaze, passa por uma série de testes que verificam a presença de produtos adulterantes, o número de células somáticas que são os indicadores de infecção na glândula mamária, a contagem bacteriana total de antibióticos, entre outros fatores. Para o coordenador de captação e mercado de leite da Cooperativa Languiru, Jones Kohl o Estado é o terceiro maior do país e o primeiro em fiscalização, com auditorias constantes e extremamente profissional, que asseguram a rastreabilidade de cada litro de leite produzido.
No caso das mais recentes denúncias, envolvendo a empresa, Dielat de Taquara, ele reforça que a fiscalização existiu, porém as fraudes teriam ocorridas fora do horário comercial, e foram tão sofisticadas que os métodos disponíveis, não conseguiram identificá-la.