Serra Gaúcha segue com alertas vermelho e laranja para muita chuva
A MetSul Meteorologia alerta que pode chover forte a intensamente nesta sexta-feira, 3, e no começo do sábado em pontos do Norte e do Nordeste do estado, especialmente no Alto Uruguai, parte Norte do Planalto Médio, nos Campos de Cima da Serra e em trechos da Serra Gaúcha.
O dado indicado pelos modelos numéricos preocupa e muito porque nestas regiões do Rio Grande do Sul encontram-se nascentes de importantes rios e que atravessam cheias históricas. O Caí e o Taquari são os de maior atenção porque pode chover muito em suas nascentes nos Campos de Cima da Serra.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de temporais para o Rio Grande do Sul. Os comunicados indicam diferentes graus de perigo, dependendo das regiões abrangidas. A metade norte do Estado segue sendo a área de maior preocupação. O primeiro alerta, vermelho, válido até 12h de sexta-feira, abrange a Região Norte, o Noroeste, a Serra, o Litoral Norte e parte da Região Metropolitana, e indica chuva superior a 100 milímetros ao dia e grande risco de alagamentos, transbordamentos de rios e encostas.
Já o aviso laranja, também válido até 12h de sexta-feira, engloba a Região Norte, o Noroeste, a Serra, o Vale do Rio do Sinos e parte do Litoral Norte, alertando para possibilidade de tempestades com acumulados de até 100mm/dia, ventos intensos de até 100km/h e queda de granizo.
Elevação dos rios
O Rio Caí enfrenta uma cheia histórica e de enormes proporções. A medição da régua em São Sebastião do Caí indicava 17,20 metros no final da tarde desta quinta e a tendência era ainda de elevação, podendo atingir marcas jamais vistas.
No porto de Estrela, a régua apontava no começo da noite um nível perto de 33 metros depois de ter atingido 33,35 metros durante a tarde. A cheia do Taquari é a maior da história por uma larga margem, superando em quase quatro metros os picos de 1941 e 2023.
Bloqueio de ar impede que chuva vá embora
O Rio Grande do Sul está entre ar frio ao sul, que vem da Argentina, e o ar excepcionalmente quente que vem do Brasil. O bloqueio do ar quente impede que a frente fria se afaste e leve embora a chuva. A frente passa a quase estacionária até sábado entre a Metade Norte gaúcha e Santa Catarina, o que manterá a chuva nas nascentes na Serra.