Procuradoria-geral do Município encaminhou 13 questionamentos, incluindo se houve fechamento/abertura das comportas no dia da enchente
Nesta quinta-feira, 7, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) de Bento Gonçalves encaminhou ofício para a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) buscando informações sobre a enchente que atingiu Bento Gonçalves e diversos municípios do Estado na última segunda-feira, 4. O objetivo é buscar explicações para a população. No ofício, ao todo, há 13 questionamentos:
01) Havia monitoramento prévio do nível dos rios do Complexo Energético Rio das Antas (Usinas UHE Castro Alves, UHE Monte Claro, UHE 14 de Julho)?;
02) Qual foi o primeiro alerta emitido às populações ribeirinhas?;
03) Qual foi o horário que emitiram o alerta de evacuação destas populações?;
04) Qual era o nível do Rio das Antas nos dias 02, 03, 04 e 05 de setembro?;
05) Houve fechamento e/ou abertura de comportas?;
06) Quais medidas a CERAN adotou para evitar ou atenuar possível sobrecarga no volume de água nas bacias dos Rio das Antas e Rio Taquari?;
07) No momento em que ocorreu a abertura das comportas das barragens houve algum procedimento de evacuação das áreas sob risco?;
08) A CERAN emitiu algum comunicado aos órgãos oficiais dos municípios que integram o Complexo Energético Rio das Antas, bem como aos municípios do Vale do Taquari referente aos riscos de grave inundações?;
09) Há algum plano de contingência e de evacuação da CERAN em casos de desastres como o ocorrido e como se dá essa comunicação aos órgãos oficiais?;
10) Existe encaminhamento de planos de ação e emergência a serem enviados aos órgãos oficiais e prefeituras envolvidas, além de estratégias de comunicação e alerta às comunidades potencialmente afetadas?;
11) Quais as inspeções de segurança são realizadas nas três barragens do Complexo Energético Rio das Antas e quais as suas periodicidades?;
12) Existe algum plano de prestar assistência às vítimas do desastre ocorrido?;
13) Existem inspeções e relatórios de revisão periódica de segurança das barragens das três usinas do Complexo Energético Rio das Antas?
A PGM dá 48 horas para que as questões sejam respondidas. Na terça-feira, 5, o prefeito Diogo Siqueira realizou uma reunião online com os representantes da empresa.