Uma das bandeiras de Divaldo Lara durante a campanha foi o combate à corrupção, simbolizado por um relho
O prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB) está sendo investigado por um suposto esquema de recebimento de propina, após o empresário Giovani Collovini firmar em uma delação premiada, o repasse de até R$ 40 mil por mês para manter contratos de aproximadamente R$ 27 milhões com sua empresa que administrava as áreas da saúde e educação no município.
Conforme Lara, as denúncias não são verdadeiras e os contratos assinados em 2018 foram extintos, mas passaram por aprovação do Tribunal de Contas. O prefeito também alegou não conhecer o delator e que irá processá-lo na justiça.
O esquema teria causado um prejuízo de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. Além das propinas, o Ministério Público (MP) investiga um possível “cabide” de empregos para apadrinhados políticos. O delator afirma que vereadores e o próprio prefeito indicavam cargos sem qualquer critério.
Em Bagé, a delação resultou em uma denúncia por crimes como corrupção e organização criminosa, além de uma ação civil pública por improbidade administrativa. Com bens bloqueados pela justiça por causa de outros dois processos, Lara se reelegeu em 2020 com 50% dos votos. Uma de suas bandeiras durante a campanha foi o combate à corrupção, simbolizado por um relho.