Preso por abusar sexualmente de aluna de 13 anos deixou a prisão para disputar campeonato
Um professor de jiu-jitsu de Pernambuco conseguiu participar de uma competição esportiva, no último fim de semana, nos dias 27 e 28, mesmo estando preso e condenado por estupro de uma menina de 13 anos. O caso gerou revolta e houve protestos em Recife.
O indivíduo, preso em 2021 e condenado a 15 anos e nove meses de prisão em regime fechado por estuprar a aluna, foi liberado para disputar o campeonato estadual organizado pela Federação Pernambucana.
Conforme a TV Bandeirantes, na decisão, a juíza Orleide Roselia Silva acatou o pedido da defesa e da federação, ressaltando que o esporte “está entre as atividades que buscam a ressocialização de presos”.
Lutadoras da modalidade se reuniram para protestar contra a decisão. Conforme o portal Tribuna Online, o condenado zombou dos manifestantes e participou naturalmente do torneio, sem tornozeleira eletrônica.
Após a repercussão negativa do caso, a Federação Pernambucana de Jiu-Jitsu afirmou que o lutador não faz mais parte dos filiados. No entanto, a própria federação atuou pela liberação do indivíduo. Há uma assinatura do presidente Aristóteles Queiroz de Souza Alves Filho no requerimento solicitando à Justiça uma autorização de saída temporária para que o condenado participasse do torneio.
Ainda de acordo com o Tribuna Online, o Ministério Público se manifestou contrário à solicitação, uma vez que o homem cumpre pena no regime fechado. A advogada Gabriela Silva, que representa um grupo de mulheres que luta jiu-jitsu, ressaltou que condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto só podem obter permissão para sair do presídio, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave de parentes.