Ação da polícia também mirou golpe de compras falsas
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 2, a segunda fase da Operação Delta contra estelionatários que praticam os golpes do Uber e dos nudes. Foram 19 pessoas presas e duas armas apreendidas. As ações ocorreram nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Viamão, Santa Cruz Do Sul, Novo Cabrais e Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, e na cidade de Palmas, no estado paranaense.
Foram cumpridos, no total, 26 mandados de busca e apreensão, 23 desses relativos a golpes de nudes. Esse tipo de delito começa com a criação de um perfil falso na rede social Facebook. O perfil é de uma mulher bonita e que geralmente aparenta ser menor de idade. No perfil são postadas fotos sensuais, retiradas de páginas de terceiros. Apesar de a página fake se identificar como sendo de uma menor de idade, não necessariamente a pessoa que alimenta a rede social e troca fotos de nudez com as vítimas é realmente menor de 18 anos. A fraude se inicia quando o perfil falso começa a disparar convites de amizades para homens, preferencialmente casados e mais velhos, os quais, após verem as fotos postadas, aceitam o convite de amizade. Em seguida, uma das golpistas, que administra a página fake, começa a trocar mensagens com os homens, os quais acreditam falar com uma menor de idade – coisa que fica evidente desde o início e, que, aliás, é o ponto forte para seduzir as vítimas e, mais tarde, intimidá-las.
Já no golpe do Uber, os criminosos criam um perfil fake no Facebook, em nome de um terceiro, utilizando uma foto antiga de um perfil real. Criada a página falsa, eles fazem negociações com diversas pessoas que ofertam produtos na plataforma de compra e venda “OLX”. No golpe, a página fake entra em contato com alguém que oferta os produtos, manifestando interesse na compra. Após, envia um motorista do Uber até a casa do vendedor e simula a realização de um depósito bancário, inclusive, enviando comprovante falso para a vítima. Ela, acreditando ter recebido o valor, entrega o produto para o suposto motorista, que na verdade é comparsa do outro criminoso.