Fetransul pede que governo estadual recuse proposta em respeito ao povo gaúcho
A Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul) divulgou na quarta-feira, 13, um manifesto criticando o leilão das rodovias da Serra Gaúcha e do Vale do Caí. Entre os principais pontos da nota está o baixo valor do deságio, de apenas 1,3%.
O texto assinado pelo presidente da Fentrasul, Afrânio Rogério Kieling, relembra outros leilões recentes, onde o deságio chegou até a 54%, como no leilão da ERS-287, em 2020. “É incompreensível que o Governo do RS celebre um resultado que atenta à economicidade da sociedade gaúcha e, de modo especial, aos usuários destas estradas”, declara. A nota encerra com o pedido para o poder executivo estadual recusar a proposta em respeito ao povo gaúcho. Confira abaixo o texto da Fetransul:
O fracasso do leilão das rodovias do RS ameaça a economia gaúcha!
• Em 2019 a União leiloou o eixo viário envolvendo a BR 101, 290 e 386 com um deságio
de 40%. Em 2020 o Governo do RS leiloou 200 km da RS 287, com um deságio de 54%.
Agora, diante de exigências de garantias desproporcionais ao empreendimento, inibiu a
concorrência do Bloco 3 de rodovias gaúchas, ao ponto de apenas uma empresa se
habilitar ao pregão, conferindo a ela a confortável condição de oferecer o protocolar
desconto de 1,3%. Este é o enredo final de um fracasso anunciado há nove meses.
• É incompreensível que o Governo do RS celebre um resultado que atenta à
economicidade da sociedade gaúcha, e de modo especial aos usuários destas estradas. Se este contrato for assinado, os usuários destas rodovias vão pagar uma tarifa 95% maior
do que a que se pratica na recém concedida 287, para Santa Maria. Teremos pedágios
60% mais caros que nas rodovias federais operadas pela CCR Viasul.
• A verdadeira façanha que o Executivo Estadual pode demonstrar aos gaúchos é ter a
coragem de reconhecer que errou, que não dialogou, não ouviu os reiterados avisos que
estes projetos estão mal concebidos.
• O propalado alto custo logístico do RS ficará mais elevado ainda.
• A sociedade gaúcha, de novo, vai pagar esta conta.
• É prerrogativa do governo não aceitar esta proposta lesiva à nossa economia. É igualmente prerrogativa do Governo formular um novo plano, desta vez, bem feito!
• Queremos festejar um Governo com verdadeiras realizações. Ainda há tempo.
• Recusar a proposta de 1,3% de deságio é respeitar o povo gaúcho e voto que dele
recebeu em 2018.
PEDÁGIO SIM! EXTORSÃO NÃO!
Afrânio Rogério Kieling
Presidente