Político também comentou a respeito da operação que encontrou trabalhadores da Bahia em situação análoga à escravidão
O advogado, engenheiro, jornalista, comunicador e deputado estadual que foi campeão de votos na última eleição, Gustavo Victorino (Republicanos) participou junto com seus assessores, sargento Marcelo Marques e Aline Araújo, do programa Spaço Rádio Jornal da última sexta-feira, 3, onde conversou sobre diversos temas de cunho político, econômico e social. Victorino foi o deputado mais votado do Rio Grande do Sul nas eleições de 2022. Em sua primeira disputa, o agora político de 67 anos recebeu 112.920 votos.
Questionado a respeito da repercussão negativa da operação que encontrou trabalhadores da Bahia em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves, o parlamentar reiterou que a punição deve ser aplicada aos responsáveis, mas não aos profissionais que se dedicam em prol do avanço deste setor. “Está havendo um oportunismo político constrangedor com esse episódio, acredito que as pessoas que fizeram isso devem ser penalizadas de acordo com a lei. Este é um fato que nos envergonha, mas não pode ser extrapolado desta forma. Não aceito que alguém trate o motivo de orgulho dos gaúchos, ou seja a viticultura, que há mais de um século produz os melhores vinhos e espumantes do mundo, como oportunidade para tirar vantagens políticas e comerciais”, afirmou.
Quanto à liberdade de expressão e o desenvolvimento do atual governo no país, Gustavo se mostrou descontente com os primeiros meses do novo executivo federal. “Eu não posso dizer tudo o que eu quero, se falar sou cassado. Não vivo em um país democrático e quem disser isso está sendo, no mínimo, irresponsável. Não existe crime de opinião em nenhum diploma legal brasileiro. De uma hora para outra, a vida das pessoas é destruída por conta do totalitarismo que tomou conta deste país”, destacou.
No processo que envolve alguns impasses políticos e burocráticos, a fim de travar o pedido de CPI das manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro no Senado, o deputado pontuou que existem motivos ocultos para a impedir esta ação. “Além disso, este desgoverno possui muitos problemas econômicos. Eles dizem que as adversidades na economia são de responsabilidade do Banco Central e devido à taxa de juros. Isso é desconhecimento da área, mas convenhamos, trocar Paulo Guedes por Fernando Haddad é como guardar uma BMW e sair de casa com um Celta”, frisou.
Já no que diz respeito ao ‘silêncio ou imparcialidade da imprensa’, o comunicador ressaltou que um consórcio de jornalistas sepultou a profissão no Brasil. “Existe um grupo que virou roteirista, o mesmo que defendeu o governo Bolsonaro, hoje o ataca livremente”, salientou.