Deputado ressaltou a importância do cuidado com a imagem dos produtores rurais da Serra
O deputado estadual Guilherme Pasin comenta sobre a repercussão da operação que encontrou trabalhadores da Bahia em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves. O parlamentar e ex-prefeito do município reiterou que a punição deve ser aplicada aos responsáveis, mas não para toda a comunidade e para o setor. “Ninguém vai passar pano, os casos devem ser combatidos. Respeitar a lei e tratar com humanidade do trabalhador é uma obrigação. Preservar a dignidade é uma prioridade”, avaliou.
Pasin ressaltou a importância do cuidado com a imagem dos produtores rurais da Serra, já que os safristas eram contratados por uma empresa terceirizada. “Não vamos virar as costas para a Serra Gaúcha. Fui prefeito de Bento Gonçalves por dois mandatos e acredito na honestidade dos nossos agricultores. Não podemos cair no erro da generalização. Não podemos cometer a injustiça de penalizar o setor da uva e do vinho, indústrias importantes que empregam e geram renda, além de toda uma comunidade”, pontuou.
Pasin lembrou que os produtores desconheciam as irregularidades e não foram alvo de fiscalização porque atuavam dentro das normas e legislações. “E é por isso que toda a cadeia produtiva está interessada em esclarecer com brevidade o assunto. Para que os responsáveis, e somente eles, sejam punidos”, reforçou.
Para o parlamentar, o tema deve ser tratado com seriedade e não pode ser alvo de politização, ideologização ou ainda polarização. “Quem criminaliza o setor da uva e do vinho está usando deste triste momento para gerar oportunidade política e comercial. A exploração de trabalhadores é crime. E a exploração política de temas sensíveis como este também deve ser observada com a mesma atenção”, afirmou. Confira a entrevista no áudio abaixo.