João Nadir Pires lamenta o baixo salário pago para a categoria
O presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias do Calçado e do Vestuário do Rio Grande Do Sul (Feticvergs), João Nadir Pires, durante entrevista à Spaço FM, comentou sobre a realidade do setor, que segundo ele, está em pleno desenvolvimento produtivo, porém com falta de mão de obra devido ao baixo salário pago aos profissionais do calçado. “Estamos vivendo um novo momento de crescimento na indústria calçadista, mas precisamos melhorar a qualidade do emprego com melhores salários”, salientou.
Pires, que também é o presidente do Sindicato do Calçado e Vestuário de Parobé, lamentou que o baixo valor agregado na mão de obra resultou em debandada desses profissionais. “Muitos profissionais do calçado estão deixando o setor para serem garçom, que ganha mais”, observou.
Diante dessa situação, ele acredita que é necessária uma mobilização geral dos trabalhadores, juntamente com a força dos sindicatos para virar esse jogo. “Não vai ser o empresário que vai nos chamar para reconhecer que o salário está achatado, é necessário uma mobilização”.
O presidente ressaltou que no mês de agosto iniciam as rodadas de negociações da data base para reivindicar um pouco mais que a inflação do período, no sentido de recuperar as perdas dos anos anteriores. Ele salientou ainda que um estudo realizado pelo Senai de Novo Hamburgo e pelo empresariado da Região do Vale dos Sinos, aponta que até 2025 a indústria calçadista deverá qualificar cerca de 758 mil trabalhadores.
Para o presidente, essa realidade mostra o crescimento do setor, e reforçou que é necessária uma melhor remuneração da categoria.