Políticos são suspeitos de participar dos atos antidemocráticos em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta sexta-feira, 27, para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), um pedido de advogados com o objetivo de que o tribunal suspenda a posse e apure eventuais ações de 11 deputados, suspeitos de participar dos atos antidemocráticos realizados em Brasília, no dia 8 de janeiro. Moraes deu prazo de 24 horas para que a PGR apresente manifestação sobre o caso. A posse dos deputados está marcada para a próxima quarta-feira, 1º de fevereiro.
O pedido foi feito pelo Grupo Prerrogativas, que citou ações de:
Luiz Ovando (PP-MS); |
Marcos Pollon (PL-MS); |
Rodolfo Nogueira (PL-MS); |
João Henrique Catan (PL-MS); |
Rafael Tavares (PRTB-MS); |
Carlos Jordy (PL-RJ); |
Silvia Waiãpi (PL-AP); |
André Fernandes (PL-CE); |
Nikolas Ferreira (PL-MG); |
Sargento Rodrigues (PL-MG); |
Walber Virgolino (PL-PB). |
O encaminhamento desse tipo de pedido à PGR é de praxe e previsto nas regras internas da Corte. Isso ocorre porque, pela Constituição, cabe ao Ministério Público Federal (MPF), avaliar se propõe investigações e denúncias na área criminal e ações na área eleitoral, caso encontre indícios de irregularidades. Os advogados também solicitaram que o Ministério Público Eleitoral (MPE) seja comunicado, a fim de analisar a possibilidade de uma ação contra os deputados na Justiça Eleitoral, por “participação ou apoio e divulgação de atos ilegais”. Conforme o grupo, os suspeitos podem ter praticado “atos criminosos e contrários ao Estado Democrático de Direito”.