Anielle também usou tragédia no estado para pedir voto, mas apagou publicação
O Ministério da Igualdade Racial, comandado pela ministra Anielle Franco, pediu ao Ministério do Desenvolvimento Social para que ciganos, quilombolas e terreiros afetados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul tenham prioridade na distribuição de alimentos.
A informação é do jornal Folha de São Paulo, divulgada nesta terça-feira, 7. Conforme a reportagem a diretora para políticas de quilombolas e ciganos, Paula Balduíno, afirma que desde o final de semana o ministério deu início a um esforço para mapear as famílias impactadas. Ela diz que a pasta tem recebido vídeos e áudios de ciganos relatando os efeitos das enchentes que afetam o Rio Grande do Sul.
A notícia causou indignação na oposição ao governo. O deputado federal Nikolas Ferreira afirmou que “nem na tragédia há sanidade no governo Lula. A prioridade deve ser para todos que estejam necessitando, independente de qualquer coisa”, publicou. O Movimento Brasil Livre (MBL) classificou a iniciativa como “piada de mau gosto”. “A extrema-esquerda não para de dividir o povo nem nos momentos mais drásticos”, comentou o deputado federal Kim Kataguiri.
Anielle Franco usa catástrofe no RS para pedir votos
A ministra também causou polêmica nesta terça ao usar a catástrofe para pedir votos aos eleitores do presidente Lula. Ela utilizou o Twitter/X para falar “sobre a importância do voto”. Na rede social, ela comentou a atuação e os investimentos do governo em meio a tragédia para falar da regularização do título de eleitor. “Ações necessárias, que só um governo que se preocupa com as pessoas faz”, escreveu a ministra. “Amanhã é o último dia para regularizar ou tirar o título de eleitor para votar nestas eleições. Se você ainda não fez isso ou conhece quem ainda não tenha feito, corre para fazer. Votar em quem atua em prol da vida das pessoas e do povo brasileiro é o que faz a realidade mudar”, complementou na mesma postagem.
A ministra citou o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na publicação. Após críticas, a mensagem foi apagada cerca de uma hora após sua publicação. Mais tarde, a assessoria da ministra informou à revista Veja que a publicação foi retirada do ar “porque se tratavam de dois assuntos diferentes e originalmente tinham sido pensados para postagens separadas”.