Pedido realizado pelo Ministério Público foi aceito nesta quarta-feira
A justiça bloqueou nesta quarta-feira, 8, os bens do empresário Pedro Augusto Oliveira de Santana, responsável pela Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que contratou trabalhadores encontrados em condição semelhante à escravidão em Bento Gonçalves. O pedido de bloqueio de valores, imóveis e carros havia sido feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e foi aceito pela Justiça do Trabalho. Em sua defesa, o advogado de Oliveira, Augusto Giacomini Werner, relatou que a empresa não concorda com o bloqueio dos bens, pois não vê motivo justo e razões legais para isso.
Segundo a procuradora Franciele Dambrós, que está à frente do caso, ainda não houve acordo entre o MPT e o empresário. “Em relação à Fênix e outras entidades do grupo econômico, não houve a possibilidade de acordo ou consenso em relação ao que o MPT gostaria de retorno. E, por isso, tivemos que ajuizar esta ação, pois a a partir dela, iremos assegurar os valores para trabalhadores resgatados”, frisou.
Ainda de acordo com a procuradora, existe uma confusão patrimonial de empresas geridas por Pedro. Em relação às vinícolas, o MPT acredita que deve haver um acordo. “Estamos em tratativa. Há uma nova audiência para definir essas questões”, pontuou.