Operação da Polícia Civil aponta formação de cartel na estatal que controla praças de pedágios
Um ex-diretor-presidente e um ex-supervisor executivo da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) foram presos nesta quarta-feira, 14, em uma operação da Polícia Civil. Oito ordens de busca e apreensão foram cumpridas em Porto Alegre e São Leopoldo.
A investigação busca desarticular a formação de cartel estruturado na empresa, com superfaturamento e sobrepreço em licitação. Indícios apontam que contratos de manutenção de praças de pedágio foram prorrogados contrariando órgãos de controle e Procuradoria-Geral do Estado.
Empresas eram favorecidas pela antiga gestão da estatal, envolvendo todas as 12 praças de pedágio mantidas pela EGR. Havia, conforme a polícia, um escritório paralelo para a concessão das benesses irregulares. A investigação aponta que foram pagos, desde 2019, cerca de R$ 89 milhões às empresas contratadas para fins de arrecadação de pedágios nas estradas estaduais.
A EGR emitiu nota sobre a operação da Polícia Civil e assegurou que está colaborando com as autoridades. As identidades dos presos não foram divulgadas, conforme a Lei de Abuso de Autoridade.