Número é mais que o dobro registrado no mesmo período do ano passado
Quando a bandeira roxa é posta no mastro das guaritas do Corpo de Bombeiros Militar do RS no litoral, é preciso redobrar a atenção. Nas praias gaúchas, a proliferação da espécie que aciona o aviso em questão e pode causar queimaduras na pele está sendo alta neste veraneio. Segundo estatísticas da corporação, somente entre os dias 15 de dezembro de 2023 e a última quarta-feira, foram registrados 7.065 casos por lesões deste animal, mais do que o dobro em relação ao mesmo período do verão passado, quando houve 3.379 atendimentos.
Os municípios com mais lesões informadas entre 2023 e 2024 foram, na ordem, Capão da Canoa, com 1.108, seguido por Xangri-Lá, com 750, e Torres, com 686. “A orientação é que, caso haja contato com a água-viva, lave imediatamente com água do mar, nunca com água doce ou mineral. Em seguida, saia do mar, procure o guarda-vidas e solicite vinagre para aliviar a dor”, informou o Corpo de Bombeiros, em nota.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), as águas-vivas, conhecidas também como caravelas ou mães d’água, possuem tentáculos brancos com células urticantes. Ao tocar a pele de banhistas, podem causar dor local, erupções na pele, bolhas e vermelhidão. O público mais atingido geralmente é de crianças e surfistas, por permanecerem mais tempo na água. O aparecimento delas também ocorre com mais frequência no verão gaúcho devido ao aumento da temperatura do mar, favorecendo a proliferação do fitoplâncton, alimento das águas-vivas.
A orientação da área técnica do Centro de Informação Toxicológica (CIT) da SES, que emitiu alerta no começo deste veraneio, é que mesmo animais mortos nas praias podem causar acidentes, por isso, não é recomendável pisá-los, ou aplicar medicamentos no local ferido sem orientação médica. Em caso de acidentes, o CIT pode ser contatado para informações pelo telefone 0800 721 3000.