Parlamentar participou do programa Fim de Expediente
O Primeiro Comando da Capital (PCC), lidera o contrabando de vinhos entre a Argentina e o Brasil. As autoridades argentinas intensificaram o combate a esse esquema nos últimos anos, realizando diversas prisões de indivíduos ligados a grupos criminosos como o Primeiro Comando da Fronteira (PCF), uma ramificação do PCC. Outras facções, como o Comando Vermelho e Bala na Cara, também estão envolvidas no tráfico de vinhos, que ocorre em regiões como Bernardo de Yrigoyen, Barracão e Dionísio Cerqueira. Os presos aguardam extradição para o Brasil.
O esquema envolve o roubo de vinhos em depósitos, lojas e caminhões na Argentina. Esses produtos são então levados para galpões clandestinos, onde são escondidos em caminhões e contrabandeados para o Brasil. As investigações, iniciadas em 2019, apontam que o contrabando está relacionado a pelo menos três mortes, mas detalhes adicionais permanecem em sigilo enquanto a polícia continua a apuração.
Contrabando de vinhos cresce de forma alarmante
Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam um aumento expressivo nas apreensões de vinhos contrabandeados. Entre 2018 e 2021, houve um crescimento de 3.206% no número de garrafas apreendidas. Enquanto em 2018 foram confiscadas 1,7 mil garrafas, número que saltou para 56.254 em 2021.
No programa Fim de Expediente desta terça-feira, 10, o deputado estadual e ex-prefeito de Bento Gonçalves (reconhecida como capital do vinho), Guilherme Pasin, cobrou ações efetivas para coibir o trabalho da facção. Ele alega que além de prejudicial à saúde das pessoas, o contrabando afeta uma série de categorias que trabalham de forma honesta para entregar um produto atrativo e de qualidade.