Delegado Fernando Cruz Alexandre salienta que a maioria das vítimas não busca a polícia
A Delegacia de Polícia Civil de Farroupilha segue registrando um alto número de golpes. Conforme o delegado Fernando Cruz Alexandre, até o dia 30 de julho foram confeccionados 500 boletins, uma média de quatro por dia. Alexandre salienta que a maioria das vítimas não busca a polícia e pede para a comunidade desconfiar das facilidades e urgências nas ‘ofertas’ propostas pelos golpistas.
Confira os principais tipos de golpe
Golpe no WhatsApp: Os criminosos vinculam uma imagem de perfil da vítima, geralmente retirada do seu próprio perfil de WhatsApp ou redes sociais. Com uma conta falsa, eles se passam pela vítima e solicitam dinheiro para amigos, familiares e conhecidos.
Clonagem do WhastApp: O golpista se passa por funcionário do WhatsApp, solicita à vítima para que informe seus dados pessoais e um código que receberá no telefone, a partir do fornecimento dessa chave o golpista terá acesso ao WhatsApp da vítima que acaba perdendo o seus. Na sequência o criminoso se passa por ela e, solicita dinheiro aos parentes ou amigos, que acreditando ser o conhecido, acabam transferindo o dinheiro para a conta.
Compras Online: O consumidor recebe o anúncio nas redes sociais de produtos com preços baixos em relação ao preço do mercado, e por isso compra o produto. Após realizar o pagamento o vendedor some, não responde mais as mensagens em nenhum lugar, sem conseguir falar com o vendedor e sem os produtos, os consumidores procuram o Procon para requerer o cancelamento, estorno ou a entrega do produto, onde acabam descobrindo que foram vítimas de golpe.
Falso boleto: O consumidor é devedor de determinado valor, recebe uma ligação de um suposto funcionário do banco oferecendo uma proposta de pagamento. A proposta e o boleto são enviados com o timbre do banco, porém o beneficiário não é o banco, mas um estelionatário ou empresa criada para fraude. Outra forma de aplicarem esse mesmo golpe é solicitar para que a pessoa entre num suposto site do banco e lá imprima o boleto. Sendo que o endereço do link é enviado pelo estelionatário.
Telesaque sem consentimento: Essa modalidade é caracterizada pela liberação de empréstimo em conta, sem qualquer autorização ou solicitação prévia dos consumidores. A instituição financeira entra em contato oferecendo o empréstimo consignado, o consumidor recusa, mesmo assim recebe o depósito.
Depósito inexistente: É possível comparecer em uma agência bancária e efetivar o depósito em envelopes, tanto em dinheiro como em cheque. Ao se fazer isso será registrado o valor debitado. O titular da conta perceberá que o valor aparecerá como crédito, mas terá uma mensagem mostrando que está bloqueado e somente será liberado quando o envelope for aberto e tiver mesmo um cheque ali e ele for compensado, ou a quantia de dinheiro informada.
Falso empréstimo: O golpista oferece uma quantia alta como empréstimo a juros vantajosos e pede que a vítima deposite o valor do seguro como garantia. O valor é depositado na conta do golpista e o empréstimo jamais entregue.
Golpe do Telesaque: Este golpe consiste em ligações (muitas vezes) incessantes de Instituições Bancárias oferecendo crédito e cartão consignados. No Brasil, é muito comum que tal categoria de fraude se debruce sobre os idosos e recém-aposentados, pois são pessoas sem muito conhecimento sobre os riscos do crédito consignado e mais propensas a aceitarem uma contratação abusiva.
Mais informações podem ser obtidas no Procon pelos telefones: (54) 3261-6949 ou (54) 99612-2481, das 9h às 16h.