Empresa possui ‘contingências tributárias relevantes’, relacionadas a autuações da Receita Federal por suposta falta de recolhimento de tributos
A empresa de produtos de limpeza e higiene doméstica Bombril, famosa por sua esponja de aço, anunciou no início desta semana que entrou com pedido de recuperação judicial junto com outras sociedades do Grupo Bombril.
Em comunicado ao mercado, a Bombril explicou que enfrenta “contingências tributárias relevantes”, principalmente por conta de autuações da Receita Federal (RF) devido a uma suposta falta de recolhimento de tributos. O montante a renegociar totaliza cerca de R$ 2,3 bilhões.
Estes tributos estão relacionados a operações de aquisição de títulos de dívida estrangeiros, realizadas entre 1998 e 2001 pela companhia e pelo grupo empresarial italiano Cragnotti & Partners, que controlava a Bombril na época. A diretoria da Bombril reavaliou as chances de perda nos processos judiciais e discutiu alternativas para lidar com a situação.
Segundo a empresa, o risco de perder esses processos representa uma “ameaça aos bons resultados contábeis” que a Bombril vem obtendo, expondo a companhia a riscos elevados, como a reavaliação da sua capacidade de pagamento por fornecedores e financiadores, e, no limite, a descontinuidade de relações comerciais e o vencimento antecipado de dívidas.
A Bombril acrescentou que o pedido de recuperação judicial tem como objetivo conduzir negociações para ajustar sua estrutura de endividamento, além de garantir a continuidade operacional das atividades e proteger seu caixa.