Nesta semana, pontífice recebeu os presidentes do Brasil e de Cuba
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Papa Francisco no Vaticano, na manhã desta quarta-feira, 21, tem provocado repercussão e dividido opiniões nas redes sociais. O terceiro encontro entre o líder da Igreja Católica e o chefe do executivo nacional, provocou desconforto e insatisfação em muitos fiéis, que não compactuam com a “boa vizinhança” e calorosa recepção do santo padre.
Na terça-feira, 20, Francisco recebeu em audiência no escritório da Sala Paulo VI, o presidente da república de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Na pauta, foi discutida a importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e Cuba, além da histórica visita de São João Paulo II em 1998, da qual se recorda o 25º aniversário. Outro tema abordado foi a da situação do país e a contribuição que a Igreja oferece, especialmente nos setores de caridade.
Em entrevista concedida para um canal de TV da Itália, no final de março, o religioso afirmou que Lula foi condenado sem provas e que Dilma era uma mulher exemplar. “O caminho é aberto com os meios de comunicação. Deve-se impedir que este chegue a tal posto. Então o desqualificam e metem sobre ele a suspeita de um delito. E fazem toda uma denúncia criminal, uma denúncia enorme, onde não se encontram (provas). Mas, para condená-lo basta mostrar o tamanho da denúncia. Onde está o delito? Aqui? Sim, parece que sim. Assim foi condenado Lula”, definiu. Na mesma gravação, realizada antes do pontífice ser internado com um quadro de bronquiolite viral, ele também comentou sobre a ex-presidente. “O que aconteceu com Dilma? Uma mulher de mãos limpas, mulher excelente”, explicou.
Naquela semana, o deputado estadual campeão de votos no RS, Gustavo Victorino (Republicanos), comentou sobre o fato e definiu que o papa não representa os verdadeiros cristãos. “Ele falou bobagem, não está a par do assunto. Aliás, esse papa vem dizendo besteiras, não é de hoje. Por exemplo, a Argentina legalizou o aborto, e ele não falou nada. Esse cara não nos representa. Ele é especialista em dar pitaco na casa alheia. O país dele que afunda na pobreza é deixado de lado. Quero ressaltar mais uma vez, que respeitosamente, esse papa não retrata os verdadeiros cristãos”, frisou.
Para o deputado federal Mauricio Marcon (Podemos), sua fé está manifestada na Igreja e não naqueles que a conduzem. “Confesso que fico chateado quando o Papa se reúne com pessoas que não respeitam a democracia e reprimem os direitos humanos. O meu compromisso é com Deus, fica na consciência dele. Talvez Francisco dê alguns conselhos e salve a sua alma”, salientou.