Lançamento pela Diocese de Caxias ocorreu na manhã desta quarta-feira
A Diocese de Caxias do Sul abriu, na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 5, a Campanha da Fraternidade (CF) 2025, com uma coletiva de imprensa na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, no bairro Galópolis, em Caxias do Sul. A atividade contou com a presença do bispo diocesano, Dom José Gislon, do vigário-geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, e do pároco local, padre Rafael Giovanaz.
Neste ano, a Campanha da Fraternidade traz o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Há 61 anos, essa ação acontece em toda a Igreja Católica no Brasil, tendo seu ponto alto sempre no tempo da Quaresma, iniciado nesta Quarta-feira de Cinzas. A CF 2025, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Cnbb), tem como objetivo incentivar os católicos e toda a sociedade a “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra”.
Ao fazer a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2025, Dom José Gislon destacou a relevância desse tema para a realidade gaúcha. “Neste ano, a Campanha da Fraternidade tem um significado especial, principalmente aqui no contexto do Rio Grande do Sul, devido às cicatrizes que vemos na natureza, mas também pelas feridas que ficaram no coração do povo de Deus, que foi duramente atingido pela enchente do ano passado”, frisou.
Em sua fala, Dom José enfatizou que a Quaresma é um tempo de conversão espiritual individual e comunitária. “Devemos nos questionar, durante a caminhada quaresmal, sobre como estamos cuidando da Casa Comum. Como estamos preservando aquilo que Deus viu e disse que era muito bom? Somos protagonistas da realidade de hoje, e temos a corresponsabilidade de deixar um planeta preservado para as futuras gerações”, pontuou.
O local escolhido para a abertura foi a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, em Galópolis, porque a comunidade foi severamente afetada pelos deslizamentos de terra e alagamentos causados pelas chuvas excessivas de maio de 2024. No total, oito pessoas perderam a vida no bairro.
Nesse sentido, o pároco local, padre Rafael Giovanaz, compartilhou seu testemunho: “Que bom que estamos aqui, que bom que escolheram esta paróquia para a abertura da Campanha da Fraternidade. Na noite de 3 de maio, o Rio Pinhal transbordou e alagou residências. Depois vieram os deslizamentos e o medo de que uma encosta pudesse desabar. Esse povo sofreu muito, mas muitas pessoas ajudaram e trabalharam. Abrimos nosso Salão Paroquial como local de acolhida e distribuição de donativos. Apesar da dor, víamos a esperança nos olhos de muitos e pudemos ajudar”, lembrou.