Medidas visam combater golpes e sequestros diante das facilidades do sistema
O Banco Central anunciou uma série de medidas para aumentar a segurança nas transações bancárias. Se antes o cidadão tinha que se adaptar a um novo meio de pagamento, um ano após é o Pix que tem que se enquadrar na nova realidade. Golpes e episódios de violência (como sequestros-relâmpago) fizeram a instituição adotar normas restritivas, que deverão vigorar a partir de 16 de novembro.
Entre as principais iniciativas do Banco está o bloqueio preventivo no caso de suspeita de fraude, onde a instituição financeira poderá reter os recursos por até 72 horas, avisando o cliente de imediato, evidentemente prejudicando a rapidez e praticidade do sistema. As notificações de infração, até então facultativas, passarão a ser obrigatórias. Outra imposição de limite, que passa a vigorar a partir desta segunda-feira, 5, estabelece o horário das 20h às 6h para transferências e pagamentos. Esta decisão abrange também outros tipos de transações financeiras.
No momento em que mudam as regras do Pix, o BC salienta que os bancos devem ser responsabilizados por fraudes resultantes de falhas causadas em seus sistemas de segurança, e o cliente não pode arcar com prejuízos pela apatia das instituições. Na quinta-feira, 31, dados de clientes do Banco do Estado de Sergipe foram expostos por falhas nos sistemas, o que gerou acesso a consultas indevidas a dados de aproximadamente 400 mil chaves PIX.