De acordo com a Polícia Civil, ele alegou legítima defesa
O autor das facadas que mataram o funcionário do Hospital São Carlos e farmacêutico, Felipe Morais da Silva, 33 anos, na orla do Guaíba em Porto Alegre, se apresentou na 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp) na manhã desta terça-feira, 25. De acordo com a Polícia Civil, o indivíduo foi até o departamento policial acompanhado de seu advogado e outros dois amigos que estavam com ele na manhã daquele domingo, 16, data que foi registrado o homicídio.
Em seu depoimento ele admitiu ser o autor das três facadas que atingiram Silva, mas alegou legítima defesa. Segundo a delegada Roberta Bertoldo, que responde temporariamente pela delegacia, o fato segue sendo investigado e até o momento não existem elementos suficientes para a prisão preventiva do homem que responderá o processo em liberdade.
Roberta explicou que o caso é tratado em duas fases, até o crime ser consumado. Imagens de câmeras de monitoramento e de populares que presenciaram o fato também foram analisadas. Ainda de acordo com a delegada, durante a investigação e após o depoimento, a polícia levantou que a vítima moradora de Farroupilha estava visitando amigos na capital, quando foram ao Parque Jaime Lerner (Orla do Guaíba).
Por volta das 5h do domingo, eles foram conhecer uma pista de skate que fica próxima do local. Durante o passeio, um homem esbarrou na namorada de um dos integrantes do grupo, o que gerou uma discussão e posteriormente perseguição.
A delegada afirmou que os amigos perseguiram dois indivíduos que acabaram escapando, fato que também foi confirmado pela Brigada Militar (BM). Na perseguição, a vítima e os amigos ficaram no meio das barracas de vendedores ambulantes e segundo depoimento de proprietários destes estabelecimentos, o grupo foi ameaçado. Ainda conforme a investigação, o autor das facadas alegou legítima defesa, por estar sendo agredido de forma desmedida. Depois da vítima ser atingida, os ambulantes chamaram socorro.
Nenhum dos envolvidos têm antecedentes criminais. Ao final, a delegada explicou que a investigação prossegue e a até o final do inquérito alguns detalhes podem ser alterados.