Entidade busca apoio do Legislativo para que órgãos responsáveis aumentem a fiscalização
A Associação Farroupilhense de Apicultura (Afa) alertou os vereadores na sessão desta segunda-feira, 11, sobre o cenário registrado no interior do município com a mortandade de abelhas. Através do membro da associação, Gelso Molon, a organização denunciou o uso incorreto do agrotóxico Fipronil. A Afa, criada em 1980, nasceu com o propósito de compartilhar entre apicultores da cidade, técnicas e equipamentos da meliponicultora. A união de esforços foi necessária após a vinda das abelhas africanas para a Serra Gaúcha, consideradas mais agressivas, porém quando miscigenadas com as italianas e alemãs, apresentam crescimento na produção de mel.
Em 2023, constatou-se a morte de milhares de abelhas na cidade. Presença de pragas como ácaros e pequenos besouros foram resultantes de uma pequena porcentagem dessa mortandade. A maior causa, conforme Molon, ainda é o uso de Fipronil, agrotóxico fatal para abelhas. Usado de forma aérea, como pulverizante, o veneno mata a abelha e contamina toda a colmeia. Este agrotóxico tem venda permitida sob prescrição, de uso exclusivo para plantações de cana, milho e batata.
Diante deste cenário, a Afa solicita ao Legislativo Municipal apoio para que os órgãos responsáveis pela agricultura reforcem sua fiscalização quanto a comercialização e uso indevido do produto. A associação também busca junto a Emater, mais estudos e análises destes casos, uma vez que a situação reflete em toda cadeia rural.