Manifestação do vereador na Câmara sobre trabalho análogo à escravidão gerou repercussão no país inteiro
O vereador de Caxias do Sul Sandro Fantinel enviou para a Spaço FM uma resposta sobre as suas manifestações na Câmara nesta terça-feira, 28, relacionadas ao caso de trabalho análogo à escravidão registrado em Bento Gonçalves. A manifestação gerou repercussão nacional, com acusações de que o vereador foi xenófobo.
Fantinel afirma que suas falas foram distorcidas e que ele e sua família tem recebido ofensas e ameaças. Ele declara que, na tribuna, não estava se referindo a Bento Gonçalves quando criticou certas acusações de trabalho análogo à escravidão. “Eu fui a tribuna para falar sobre uma situação que vem acontecendo aqui na Serra Gaúcha, na questão dos agricultores. Vem acontecendo questões que são chamadas análogas à escravidão, mas algumas são armações para receber indenização das empresas. E ao invés de trabalhar 30, 60 dias, trabalham 15 dias, botam na Justiça, recebem um dinheiro como se fosse 60 [dias] e depois vão embora bem contentes. Existe esse problema acontecendo na Serra Gaúcha, não estou dizendo que isso é o que aconteceu em Bento”, pontua.
Sobre a fala em relação aos baianos, pedindo que agricultores não contratem “aquela gente lá de cima”, ele afirma que não tem nada contra a Bahia, e apenas usou o Estado como exemplo, uma vez que a maioria dos trabalhadores envolvidos no episódio de Bento Gonçalves vieram de lá. Ele também explica que pediu para retirar dos anais da Câmara a frase “que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor”. Fantinel ainda reforça que em nenhum momento chamou os trabalhadores baianos de sujos. Confira a manifestação no áudio abaixo.