Ricardo Paraboni Custódio foi uma das 242 vítimas do incêndio
Nesta sexta-feira, 27, serão completados 10 anos da tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, quando um incêndio matou 242 pessoas e feriu outras 636, em sua maioria jovens. Entre as vítimas estava o farroupilhense Ricardo Paraboni Custódio, 27 anos.
O décimo ano da tragédia será completado sem nenhuma punição. Os acusados chegaram a ser condenados em 2021, mas o júri foi anulado pelo Tribunal de Justiça. O colegiado considerou que houve falhas em procedimentos formais no julgamento.
No programa Fim de Expediente da última quarta-feira, 25, a mãe Rosaura Paraboni e o irmão Luís Eduardo Custódio relembraram as memórias de Ricardo, falaram sobre a dificuldade da vida sem o jovem, as lembranças e, principalmente, desabafaram sobre a impunidade do caso. “A questão toda dessa tragédia é que vivemos uma sociedade doente nesse país, parece que tem um culto a bandido. A gente só queria justiça. Nos Estados Unidos, em qualquer país da Europa, os caras já estavam presos. O juiz da primeira instância foi muito correto, os promotores foram corretos. Só que aí você chega na segunda, terceira, quarta instância, eles vivem num mundo de Nárnia, num reino de deuses, e eles estão acima de todas as leis, acham uma vírgula e soltam o bandido”, desabafa Luís Eduardo. Ouça no áudio abaixo.